Análise semanal dos mercados: Impacto da Geopolítica e perspectivas dos juros nos EUA e Brasil
Na semana do dia 15/04, tivemos uma trégua de dados de inflações. Porém, a guerra entre Irã e Israel voltou a ser um tema relevante para os mercados, principalmente por conta de uma retaliação do Irã para com Israel. Isso, a princípio, assustou os mercados e fez com que os ativos pelo mundo desabassem. Porém, analisando o quanto foi destrutivo o ataque, se tornou algo positivo. Do lado do Irã, serviu como uma forma de revidar os ataques e demonstrar que tem poder bélico para sua população e, do lado de Israel, não houve nenhum dano por conta dos mísseis antiaéreos terem defendido, sendo assim não inflamou mais a guerra.
Juros Americano
Os discursos dos dirigentes com relação aos dados da semana do dia 08/04 começaram a pressionar a ideia de não termos mais os dois cortes de juros, e sim somente um. Isso acabou dando uma pressionada maior na importância do PCE, mas agora com o núcleo do PCE atingindo 2,8%, superando a expectativa de 2,6%, há indícios de que a economia americana permanece robusta por um horizonte longo de tempo e os dois cortes na taxa de juros ainda este ano ficam cada vez mais distantes. Agora a discussão começa a ser se realmente teremos um corte este ano.
Olhando o novo corpo da curva, podemos ver que o primeiro corte em julho já foi postergado para setembro, fechando o ano com somente um corte e juros de 5,00%-5,25%.
Juros Brasileiro
Indo para o Brasil, a insegurança fiscal, que vem aumentando com o possível texto do orçamento de 2024 e 2025 falando de um déficit zero, com isto os leilões do tesouro vem piorando. Estes estão vindo com as taxas cada vez maiores e um volume abaixo da média.
Além dos leilões, a hora que olhamos a curva de juros com base nos DIs, estamos saindo de um cenário de corte de 50bps em maio e um de 25bps em setembro, para somente um corte de 25bps em maio e fechando o ano em 10,50% a.a.