Superquarta com decisões de juros nos EUA e no Brasil – veja o que importa na semana

Na quinta-feira será a vez de o Banco da Inglaterra divulgar a sua nova taxa básica

Foto: Shutterstock

A penúltima semana de setembro começa com todas as atenções voltadas para quarta-feira (21), quando serão divulgadas decisões sobre os juros nos Estados Unidos e no Brasil. Já na quinta-feira (22) será a vez do Banco da Inglaterra publicar a sua nova taxa básica.

Dados que mostraram inflação acima da esperada ao consumidor dos EUA em agosto reforçaram as apostas de que o Federal Reserve, banco central do país, vá repetir o aumento agressivo de 0,75 ponto percentual nos juros no encontro desta semana, mas há quem enxergue chance de uma alta ainda mais enfática, de 1 ponto.

Por volta das 8h de hoje, os índices futuros americanos operavam no negativo. O Dow Jones caia 0,83%, o S&P 500 estava em baixa de 0,85% e o Nasdaq perdia 0,9%. No mesmo horário, o Euro Stoxx 50, principal índice europeu, caia 1,15%. 

Parte dos analistas já veem os juros da maior economia do mundo acima de 4,25% no final de 2022, e o receio é que esse nível de aperto provoque uma recessão na atividade americana.

Por que isso importa?

O aumento de juros age como um freio na economia – daí o medo de que as seguidas e intensas altas das taxas em países da Europa e nos Estados Unidos levem a uma recessão da economia global. Além disso, juros maiores em economias desenvolvidas tendem a direcionar capital para estas regiões, em detrimento de países emergentes como o Brasil, o que pode contribuir para a desvalorização do real e das ações por aqui.

Copom

Em um cenário diferente dos americanos, a maioria dos investidores acredita que o Banco Central vá encerrar o ciclo de alta dos juros nesta semana, mantendo a Selic no atual patamar de 13,75% ao ano.

Caso isso ocorra, será o primeiro encontro desde março de 2021 em que uma reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) encerra sem o aumento da taxa básica. De lá para cá, a autoridade monetária elevou a Selic em 11,75 pontos percentuais, um dos maiores choques nos juros desde a criação do plano real.

Veja abaixo a agenda completa:

Segunda-feira

Às 8h, a FGV divulga o Monitor do PIB de julho.

Às 8h25, o Banco Central informa o Boletim Focus, com projeções de analistas para juros, inflação, PIB e câmbio.

Terça-feira

Às 8h, a FGV informa a segunda prévia do IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado)

Às 10h, a CNI informa a Sondagem da Indústria da Construção em agosto.

Quarta-feira

Às 15h, o Fomc (colegiado de política monetária do Federal Reserve) informa a nova taxa de juros dos EUA.

Às 15h30, o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, concede entrevista.

A partir das 18h30, o Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) decide a nova Selic, taxa básica de juros.

Quinta-feira

Às 8h, o BoE (Bank of England) informa a nova taxa de juros do Reino Unido.

Às 9h30, será informado o número atualizado de pedidos de auxílio-desemprego nos EUA.

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