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Por Sofia Abreu

Colunista de renda fixa da Agência TradeMap

Graduada em Direito e servidora pública desde 2012, já atuou como bancária do Banco do Brasil e atualmente é servidora do Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região. Publica conteúdo financeiro em seu canal do Youtube – Servidor que Investe – e em seu instagram.

A estratégia de renda fixa para proteger os investimentos da inflação

Investimentos

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O investidor já sabe: o ano de 2022 será desafiador para as estratégias de proteção do poder de compra do nosso dinheiro. A inflação, a exemplo de 2021, será mais uma vez implacável.

O aumento de preços generalizado em itens de consumo básicos, produtos e serviços, destrói a capacidade de compra do nosso dinheiro. O que R$ 100,00 podiam comprar há um ano, não são mais capazes de adquirir agora.

O poder de compra se deteriora rapidamente ao longo do tempo, resultando em empobrecimento da população, num cenário de inflação elevada e difusa. Afinal de contas, os salários e o patrimônio de cada um de nós não são reajustados na mesma velocidade que os produtos e serviços sobem de preço.

E quando falamos em investimentos, esse cenário traz uma preocupação ainda maior. Se você não se atentar a estratégias para garantir o alcance de rendimentos reais, acima da inflação, para o seu dinheiro, terá um recuo do seu patrimônio ano a ano.

Sem trégua

Se a inflação é dura com a população de forma geral, também não dá trégua para os investidores.

Diante disso, em momentos como o atual, é importante estar atento a uma série de modalidades que têm o poder de repor as perdas inflacionárias e ainda garantir uma rentabilidade real (acima da inflação) satisfatória.

Esse é o caso de ativos de renda fixa atrelados ao IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), a exemplo do Tesouro IPCA, e de CDBs (Certificado de Depósito Bancário), LCAs (Letra de Crédito do Agronegócio), e LCIs (Letra de Crédito Imobiliário) que têm sua rentabilidade atrelada a esse indexador.

CDBs, LCIs e LCAs atrelados ao IPCA rendem o indicador acumulado no período em que seu dinheiro permanece investido mais uma taxa fixa. Eles são ideais para uma alocação conservadora que vai proteger o poder de compra do seu patrimônio.

Até o fim

No caso dos títulos do Tesouro IPCA+, o mesmo acontece, mas é necessário que o investidor tenha cautela e se programe para manter esse investimento até o vencimento. Com isso, evita-se possíveis perdas com a chamada marcação a mercado (a que valor o título estará sendo negociado no mercado, se abaixo ou acima do preço de compra) caso o resgate seja feito antecipadamente.

A inflação alta obriga o Banco Central a aumentar a Selic, a taxa básica de juros da economia brasileira, e a mantê-la em patamar elevado por mais tempo como forma de combater o aumento de preços.

A taxa de juros maior afeta de forma direta os investimentos de renda fixa, elevando de forma geral os juros pagos nessas aplicações.

Apesar de, em momentos de aperto inflacionário esse tipo de investimento de renda fixa ser muito bem-vindo, é importante você ter em mente que o IPCA é um índice que mensura uma média de variação de preços de diversos itens de consumo adquiridos por famílias que ganham entre um a 40 salários-mínimos.

Logo, por se tratar de uma média, existem distorções e, muitas vezes, a inflação medida pelo IPCA pode não corresponder a sua inflação pessoal, da sua vida, dos seus gastos.

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Além disso, os investimentos de renda fixa que não são isentos de imposto de renda, como os CDBs e títulos do Tesouro Direto, sofrem a tributação não só sobre o ganho real, mas também em cima do valor gerado pela incidência de juros. Isso ocorre ainda que grande parte desses rendimentos corresponda a mera reposição inflacionária medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), considerada a inflação oficial do Brasil.

Sendo assim, os investimentos de renda fixa atrelados ao IPCA não repõem de forma totalmente eficiente as perdas inflacionárias que enfrentamos.

Mas, diante de tantas turbulências no mercado internacional, esse tipo de aplicação é um grande aliado de investidores, sobretudo os mais conservadores, para proteção, ainda que parcial, do seu patrimônio.

*As opiniões, informações e eventuais recomendações que constem dos artigos publicados pela Agência TradeMap são de inteira responsabilidade de cada um dos articulistas. Os textos não refletem necessariamente as posições do TradeMap ou de seus controladores.

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