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André Kim Colunista TradeMap

Por André Kim

Sócio e analista de investimentos da gestora GeoCapital

Entre 2011 e 2014, foi analista de Investment Banking Risk do J.P. Morgan. É formado em administração de empresas pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

O futuro do Twitter (TWTR34) nas mãos de Elon Musk, um visionário

imagem de celular exibindo perfil de Elon Musk no Twitter

Foto: Shutterstock

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Que o tempo é um bem precioso e cada vez mais escasso todos sabemos. Bastam poucos segundos em uma fila qualquer para automaticamente pegarmos nosso celular e clicar em algum aplicativo. Nesse exato momento, uma série de empresas lutam pela nossa atenção. E não é de hoje.

As opções de aplicativos são inúmeras e, embora as preferências possam variar de acordo com a faixa etária ou os interesses naquele momento, são sempre alguns poucos que nos atraem repetidamente: Instagram, YouTube, WhatsApp, Facebook e, recentemente, TikTok.

E nesse embate entre gigantes, há um que funciona como uma mídia social de nicho. O Twitter é um aplicativo pelo qual usuários, personalidades e geradores de notícias enviam e recebem atualizações em tempo real. É no Twitter, por exemplo, que o ex-presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, lidera como o perfil mais seguido do mundo.

No entanto, por mais que tenha seus méritos de engajamento, o Twitter não tem sido uma referência em termos de monetização, principalmente quando avaliamos o número de usuários ativos e a quantidade de conteúdos que são criados por lá.

Para endereçar esse ponto, a empresa anunciou, recentemente, uma série de medidas que englobam inclusive a entrada de um novo CEO, Parag Agrawal. Prata da casa, seu último cargo foi o de Chief Technology Officer da companhia. Esse acontecimento é ainda mais marcante quando consideramos que o CEO anterior era ninguém menos que o fundador do Twitter, Jack Dorsey, que permanece no board da empresa.

Em meio a todas essas mudanças, mais uma notícia chegou ao mercado esta semana, daquelas que todo mundo fica meio boquiaberto: Elon Musk se tornou o maior acionista do Twitter, com 9,2% do capital, adquirindo assim o direito a um assento no conselho de administração da companhia.

E qual foi a reação do mercado? Bem, foi mais de euforia até do que de surpresa. É só olhar o histórico empreendedor de Elon Musk para entendermos que ele possui, no mínimo, um modo peculiar de enxergar as coisas. Vale aqui o carimbo de ser visionário e ter uma reputação de pensar diferente da manada.

Quando os primeiros carros elétricos da Tesla vieram ao mercado, teve quem torcesse o nariz. Foram inúmeros questionamentos daqui e dali que não deram vida fácil para esse personagem que, ao longo dos últimos dez anos, mostrou que foco e paciência são primordiais para alcançar sucesso. E não há necessidade de mais palavras para mostrar isso, pois, apesar das polêmicas que o cercam, a própria história é prova do que Musk já foi capaz de construir como gestor.

Voltando ao Twitter: o que poderia representar esse movimento para a empresa? Ela será transformada em uma nova plataforma de tecnologia? Ela sofrerá ajustes na forma como está operando hoje? Qual a influência do novo acionista nas tomadas de decisões da companhia? Estamos aqui no campo das hipóteses, cheio de dúvidas e especulações.

Curiosamente, Elon Musk fez uma enquete em seu perfil no próprio Twitter, alguns dias atrás, perguntando se a plataforma adere aos princípios de liberdade de expressão. Pouco mais de dois terços da sua audiência disse que não. Para a reputação do Twitter é fundamental que esse jogo vire. Mas será que dá tempo?

*As opiniões, informações e eventuais recomendações que constem dos artigos publicados pela Agência TradeMap são de inteira responsabilidade de cada um dos articulistas. Os textos não refletem necessariamente as posições do TradeMap ou de seus controladores.

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