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Taxa de desemprego cai a 12,6% em setembro, mas renda está menor

Resultado veio em linha com o esperado pelo mercado; trabalho doméstico teve a maior alta da série

A taxa de desemprego caiu para 12,6% no trimestre finalizado em setembro, dentro do esperado pelos analistas ouvidos pela Reuters, que esperavam que o indicador ficasse em 12,7%. O dado anterior, de agosto, havia mostrado uma taxa de 13,2%.

Já a renda média dos trabalhadores foi de R$2.459, queda de 4% em relação ao trimestre encerrado em agosto e recuo de 11,1% na comparação com setembro do ano passado.

Os dados são da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), divulgada nesta terça-feira, dia 30, pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

desemprego
Histórico da taxa de desemprego. Fonte: IBGE

O número de pessoas em busca de emprego no país caiu para 13,5 milhões, uma redução de 9,3% na comparação com agosto. Já o número de ocupados atingiu 93 milhões, alta de 4% na mesma comparação.

“No terceiro trimestre, houve um processo significativo de crescimento da ocupação, permitindo, inclusive, a redução da população desocupada, que busca trabalho, como também da própria população que estava fora da força de trabalho”, afirmou a coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, Adriana Beringuy, no documento de divulgação da pesquisa.

Por outro lado, a queda da renda revela que o aumento da ocupação foi puxado por postos de trabalho com salários menores. “Há um crescimento em ocupações com menores rendimentos e também há perda do poder de compra devido ao avanço da inflação”, diz.

Alta do trabalho doméstico

De acordo com o IBGE, entre as categorias de emprego que mais cresceram em setembro estão os empregados do setor privado sem carteira assinada, com alta de 10,2%. O número de trabalhadores domésticos chegou a 5,4 milhões, aumento de 9,2%, o maior desde o início da série histórica da pesquisa, em 2012. Mesmo assim, o nível ainda está abaixo do pré-pandemia.

“É um processo de recuperação que já vinha ocorrendo a partir de junho. A categoria dos empregados domésticos foi a mais afetada na ocupação no ano passado e, nos últimos meses, há uma expansão importante. Embora haja essa recuperação nos últimos trimestres da pesquisa, o contingente atual desses trabalhadores é inferior ao período pré-pandemia”, lembrou a coordenadora.

Os números ainda mostraram crescimento no contingente de trabalhadores por conta própria, com alta de 3,3%.

 

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