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Covid-19 pesa e confiança da indústria cai ao menor nível desde julho de 2020, diz FGV

Aumento nos casos de Covid-19 no Brasil gerou incerteza no setor industrial e abalou expectativas a respeito dos resultados futuros

Foto: Divulgação/Honda

O Índice de Confiança da Indústria caiu 1,7 ponto em janeiro ante dezembro, a 98,4 pontos. Foi a sexta queda consecutiva do indicador, que agora está no menor nível desde julho de 2020. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (27) pela Fundação Getulio Vargas.

O resultado do mês foi influenciado pela piora tanto das avaliações sobre a situação atual quanto das perspectivas para os próximos meses. O Índice de Situação Atual (ISA) recuou 1,2 ponto, para 99,8 pontos, menor valor desde agosto de 2020, enquanto o Índice de Expectativas (IE) caiu 2,0 pontos, para 97,1 pontos, menor nível desde abril de 2021.

A piora na avaliação sobre a situação atual refletiu a avaliação mais negativa sobre a situação atual dos negócios, com queda de 6,4 pontos para 89,4 pontos, menor valor desde julho de 2020. O indicador de demanda total recuou 4,2 pontos para 99,5 pontos e acumula perda de 14,1 pontos nos últimos sete meses.

Entre os componentes do índice de expectativas, o de produção prevista para os próximos três meses foi o que mais influenciou a queda indicador no mês de janeiro, ao cair 4,7 pontos para 94,1 pontos, menor nível desde maio de 2021. O emprego previsto para os próximos meses se manteve relativamente estável ao variar 0,3 ponto para 102,1 pontos. A tendência dos negócios para os próximos seis meses continua em trajetória negativa pelo sexto mês consecutivo, caindo 1,2 ponto em janeiro, para 95,4 pontos, menor valor desde agosto de 2020 (88,8 pontos).

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada retornou ao patamar de novembro de 2021 ao subir 1,0 ponto percentual, para 80,7%.

O que diz a FGV

“O setor industrial inicia 2022 com queda disseminada da confiança entre os segmentos, pesando sobre esse resultado as incertezas em decorrência do aumento nos casos de Covid-19 que tem levado a reduções no quadro de funcionários e a ampliação das restrições em por países que sentiram o recrudescimento da pandemia”, disse Claudia Perdigão, economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV.

“Tanto as perspectivas sobre o ritmo da atividade produtiva, quanto sobre a evolução da demanda foram comprometidas. A sequência de quedas não é observada desde 2014, quando foram registrados 8 meses consecutivos de retração. A redução gradual dos gargalos que vêm pressionando a indústria, como a escassez de insumos, podem colaborar para a recuperação do setor no decorrer de 2022”, acrescentou.

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