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Ata do Fed e sinalização sobre juros dos EUA podem mudar rumo do Bitcoin; veja o que monitorar

Mercados em todo o mundo aguardam por sinalizações dos rumos da taxa de juros americana

Foto: Shutterstock

O tom que o Fed (Federal Reserve, o banco central americano) adotar na ata que será divulgada às 15h desta quarta-feira (25) deve mexer com os rumos dos criptoativos e pode dar fôlego para o Bitcoin (BTC), que enfrenta dificuldades para retomar uma cotação superior a US$ 30 mil.

A principal cripto em capitalização opera no campo positivo nesta manhã, a despeito do clima de cautela que toma conta dos mercados globais. Por volta das 11h05 (de Brasília), o BTC registrava alta de 2,22% nas últimas 24 horas, a US$ 29.672, conforme dados da CoinMarketCap.

O viés positivo também dá força para as altcoins. Na mesma hora, o Ethereum (ETH) tinha avanço de 1,99%, a US$ 1.971, enquanto a Solana (SOL) subia 1,05%, cotada a US$ 48,43.

O clima negativo que perdura no mercado de ativos digitais nas últimas semanas deve ser amenizado, ao menos momentaneamente, caso a ata da reunião mais recente do Fed mostre que as autoridades do banco central estão convictas em elevar os juros dos EUA em 0,50 ponto porcentual (pp) em junho.

Segundo o analista de mercado Marcus Sotiriou, da Global Block, isso reforçaria a perspectiva de que a alta nos juros americanos continuará num ritmo estável – em vez de acelerar para 0,75 pp, por exemplo -, e isso “poderia levar a um rali nas próximas uma ou duas semanas.”

O Fed elevou a taxa de juros dos EUA em 0,50 pp há três semanas, para a faixa de 0,75% a 1,00% ao ano. O aperto da política monetária ocorre em meio à disparada da inflação aos consumidores do país para níveis observados pela última vez na década de 1980.

O receio com a alta dos juros e as consequências que o movimento vai trazer à atividade econômica americana no próximo ano foram alguns dos principais pontos de pressão para a queda dos mercados globais nas últimas semanas, e os ativos criptografados não ficaram de fora.

O Bitcoin acumula oito quedas semanais consecutivas – pior sequência desde 2013, conforme dados da Coinglass. Desde o início do ano, a criptomoeda se desvalorizou 38% e atualmente ronda o pior patamar desde o fim de 2020.

E o clima ainda é de muita cautela neste mercado. Há duas semanas, o presidente do Fed, Jerome Powell, reforçou o compromisso do Fed com o controle dos preços e disse que isso pode “causar alguma dor” à economia e ao mercado financeiro.

Marcelo Oliveira, CFA e fundador da Quantzed, empresa de tecnologia e educação financeira, aponta que os investidores devem ficar atentos, na ata, a trechos que tratem sobre a possibilidade de os juros subirem para além de um nível neutro, superando a inflação. “Isso é um ponto de atenção porque mundo não sabe o que são juros reais positivos há muito tempo”, afirmou.

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